quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Novamente na Pinacoteca - Percursos e Afetos

Entrada da Pinacoteca

A exposição “Percursos e Afetos” realizada na Pinacoteca reúne diversas fotografias de diversos tempos de diversos autores feitas com diversas técnicas. Sim a palavra que melhor descreve a exposição é “diverso”.
Foto feita na Pinacoteca
Vindo da coleção de nosso professor e diretor Rubens Fernandes Junior a exposição nos mostra varias fotos que em si pouco se relacionam. São fotos que foram tiradas desde o inicio do século passado ate hoje, sendo mais especifico desde 1928 a 2011. São fotos de retratos, paisagens e de experiências fotográficas, feitas em Nova York, São Paulo, etc.

Admito que enquanto caminhava pela exposição minha cabeça ficava confusa, ora eu via um retrato, ora via uma fotografia experimental. Ora via uma foto de paisagem, ora uma paisagem que mais parecia uma pintura. Mesmo aquelas que mais pareciam ordinárias reservavam algo de especial.


Fotos de textura
Haviam fotos que esperimentavam o ato de fotografar, outras experimentavam na revelação. Haviam fotos reveladas em material exótico, outras que se misturavam com  pintura. Fotos em pb e em cores. Não há como reunir, mesmo tentando o repertório é muito extenso e variado.



É uma grande experiência ir a essa exposição, acredito que até para um profissional da área ficaria surpreso com algumas fotos, para amadores digo que muda qualquer ideia concebida de fotografia. A exposição é um grande mix de todas formas e tendências pela qual a fotografia já passou. Certamente uma recomendação para qualquer um que tem interesse em fotografia.

Prof Rubens.

Texto retirado do site da Pinacoteca:

A seguir texto do Curador da mostra Diógenes Moura:

A exposição nos apresenta o modo de ver de um colecionador, Rubens Fernandes Junior, pesquisador que vem se dedicando ao estudo e ao entendimento dos processos fotográficos pelo menos nas três últimas décadas. A partir da busca incessante desse ato de colecionar e pesquisar, essa trajetória transforma Rubens Fernandes Junior em um personagem-referência para as questões ligadas à imagem principalmente no Brasil. Esse conjunto que agora a Pinacoteca apresenta (com outra pontuação intitulada Fotógrafos Lambe-Lambe no Parque da Luz, 1920/1932, que poderá ser vista no percurso da mostra de longa duração, no segundo andar do museu) foi sendo construído a partir da profunda relação estabelecida entre os artistas e o pesquisador, e das suas intermináveis buscas em espaços públicos e privados, com a intenção de criar uma coleção onde não apenas a fotografia estivesse presente como “objeto de desejo”, mas, sobretudo, como ponto de partida para o encaminhamento de um conhecimento sem fronteiras entre procura, respostas e descobertas.

É esse o aspecto que torna tão provocante esse conjunto de obras e documentos. Entre essas imagens e seus autores há uma história sendo pontuada que passa pela fotografia documental, pelo fotojornalismo, pelos ensaios autorais, pelos retratos e pelos experimentos que indicam não apenas os processos de trabalho e as técnicas assimiladas. Mostram, também, as variadas formas de impressão, a preocupação com o resultado final a partir da escolha de determinado tipo de papel, sua gramatura, os efeitos que a superfície plana ou porosa poderá provocar na exatidão ou no ruído da imagem da forma que o autor gostaria que fosse finalmente apreciada. Então temos uma troca de experiências: o olhar do pesquisador que encontra e protege o olhar do fotógrafo que viu o que os outros, nós que estamos do lado de cá, queremos fixar para tentar entender, digamos assim, a passagem do tempo e seus pequenos segredos, já que cada fotografia traz em sua representação um esquema muito particular de alguma não-coisa que gostaríamos de guardar talvez para sempre.

Rubens Fernandes Junior foi responsável, em 1980 – durante a gestão de Fábio Magalhães –, pela criação do Gabinete Fotográfico na Pinacoteca. Essa experiência aproximou a fotografia da programação do museu com a intenção de “criar um espaço para a discussão fotográfica enquanto manifestação social, cultura e artística”. Nos dois anos seguintes foram realizadas mostras de nomes hoje com trabalhos definitivos para a compreensão da fotografia brasileira. A exposição Processos e Afetos – Fotografias, 1928/2011 traz de volta para o museu, três décadas depois, a espectrografia de um poeta-caminhante que sobretudo na solidão de suas pesquisas, nas andanças pelas cidades, diante dos seus livros e das fotografias que lhe pertencem, protege e expõe aquilo que não deveremos esquecer.



Pinacoteca do Estado de São Paulo 
Praça da Luz, 02 - Luz - Tel. 11 3324-1000
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00 
Grátis aos sábados.
Estudantes com carteirinha pagam meia entrada. 
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.







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